Lavando a cabeça a burros: 02

A Oposição deve marcar, também, conferências de imprensa para o espaço e momento logo a seguir a actos oficias do "poder":

-Tira partido do maior número de orgãos de comunicação social presentes.

A conferência de imprensa deve ser dada logo a seguir ao evento oficial e no mesmo espaço:

- Tira proveito da moldura humana e sonora propiciada pelos populares, afastando a imagem televisiva de políticos isolados e desenquadrados da sociedade;

- Beneficia da presença de simpatizantes e militantes com melhor aspecto que provavelmente não teriam disponibilidade e vontade de se comprometerem a fazer "moldura" numa conferência de imprensa "tradicional";

- Desperta a curiosidade dos presentes que com maior probabilidade procurarão saber posteriormente o que foi dito;

- Dá a ideia de que a comunicação social é que procurou os políticos da Oposição e não o contrário;

- Aumenta as hipóteses dos "curiosos" presentes, posteriormente às declarações à imprensa, ficarem a falar com os elementos da Oposição estabelecendo-se assim novos contactos políticos bem como tomando-se conhecimento de outros problemas que de outra forma não chegariam ao conhecimento da Oposição.

O porta voz deverá fazer alusão, como elemento secundário ou não, ao evento oficial de forma positiva ou negativa:

- Esta menção ao evento oficial aumenta a ilusão de que foi o a comunicação social que procurou o político e não o inverso;

- Passa indirectamente, à opinião pública, a informação de que esteve presente no acto oficial e isso fá-lo colher os benefícios de quem pensa que a oposição deve ir aos actos oficiais e simultâneamente de quem pensa que a simples frequência desses ambientes é revelador de um estatuto social superior.

ETC, ETC

Lavando a cabeça a burros: 01

Quando um partido da Oposição faz um boicote a um evento oficial, com o qual uma parte substancial da opinião publica até não simpatiza, tem que o divulgar através da comunicação social (antes, durante e depois).

-Fazê-lo sem o divulgar politicamente é igual a zero;

-Incentivar os militantes/apoiantes a participarem num evento oficial e duas horas antes pedir que desmobilizem sem grandes explicações é desmoralizante e terá consequências futuras quando for necessário mobilizá-los;

-Ver líderes políticos desse mesmo partido participarem alegremente de um evento supostamente boicotado pelo próprio partido, apesar de erradamente não divulgado junto da opinião pública, sem que sofram qualquer chamada interna de atenção é igualmente desmotivante e desautoriza qualquer liderança;

-

-Os prevaricadores do boicote não terem feito saber junto da comunicação social que estariam ali para dar voz aos que discordavam do acto oficial em questão é politicamente pouco inteligente e faz cair sobre eles o "ódio" dos camaradas de partido por terem furado o boicote;

-Ver, ouvir e ler na comunicação social, erradamente, que todos os partidos participaram no evento, supostamente boicotado pelo partido, é desmoralizante;

-Não poder negar, de forma credível, acusações de ter sido cúmplice de um evento oficial, que não colhe a simpatia de quem acusa, porque o boicote não foi divulgado e porque existem imagens de dirigentes do próprio partido no evento é frustrante.

Lavanda a cabeça a burros: 00

Pretendo escrever pequenos textos, a que chamarei "Lavando a cabeça a burros", que no seu conjunto não serão um "Príncipe" de Maquiavel mas que farão alusão a tácticas simples e evidentes de acção política que raramente vejo aplicadas pela Oposição na Madeira.
Até pode ser presunção minha e o senso comum ser contraproducente junto de uma população que há quem diga tratar-se de um povo superior. Curiosamente os alemães também se acha(va)m e sucumbiram ao aparelho de propaganda nazi.

Deve ser presunção minha até porque a oposição na Madeira já tem 35 anos de experiência...a manter-se na oposição!

Nem um se aproveita!

Erros ortográficos e gramaticais