sábado, 31 de maio de 2008

Manuela Ferreira Leite,

a líder de 7,6% dos social democratas madeirenses !



Alberto João Jardim "ganha" um terceiro lugar com o seu Santana Lopes!
Guilherme Silva para líder do grupo parlamentar do PSD como forma de derrotar a estratégia de AJJ de enfraquecer a nova liderança para a substituir!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

"Procurara-se" o comentador Il_messaggero

Il_messaggero, um dos mais interessantes comentadores que tenho encontrado na blogosfera madeirense, "desapareceu" há cerca de dois meses!


Se passar por aqui peço-lhe que mostre que está vivo!

quarta-feira, 28 de maio de 2008

A conflitualidade permanente como táctica

Filipe Aveiro in DN (Madeira)

Pensadores da política regional
Data: 16-09-2007

A promessa de paz, de colaboração e de diálogo com o continente, anunciada por A. J. Jardim, nem sequer vigorou um mês! Nessa promessa vislumbrava-se uma táctica de política guerrilheira, visando criar condições favoráveis a uma possível futura revisão da Lei das Finanças Regionais. Parecia um caminho, ruidoso certamente, mas os "pensadores" da política regional acharam que podia resultar… Curioso como nem os próprios autores da ideia consideraram o facto de o principal intérprete ser o rei do improviso! Claro, na primeira tentação, aliciado por mais um braço-de-ferro que a nova lei do aborto lhe permitia, não resistiu. Embora poucos, certamente só alguns bafejados pela iluminação laranja regional compreendam bem tanta contestação ao resultado de um referendo nacional, a uma lei aprovada na Assembleia da República. Ficam por explicar, agora e no futuro, mesmo se alguém um dia achar que isso deve ser valorizado como parte da história regional, as cenas tão tristes quanto hilariantes que ocorreram na Assembleia Legislativa da Madeira. Um líder do grupo parlamentar do PSD a dizer que a RAM "nunca, nunca, nunca" aplicará esta lei; uma deputada do PSD, que não foi apenas infeliz, a dizer que "a função das mulheres é a procriação", e para fim de festa com o presidente a contrariar, no mesmo dia, as declarações do secretário regional. Mais uma dos pensadores do PS. Se uma das funções das mulheres não é procriação, então, nem eu nem o senhor director estaríamos neste mundo. Penso que cada mulher é livre de fazer o que quiser com o seu corpo. Mas o Estado fazer os contribuintes pagar para uma mulher abortar, é mesmo um aborto. Se uma pílula, ou a prevenção de gravidez por outros meios, pode custar ao casal de pombos, uns míseros cêntimos, porque razão todos os contribuintes têm que pagar centenas de euros por um acto de ignorância ou estupidez?.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Há lodo no cais !

António R. Marques da Silva in DN (Madeira)

PORTO DO FUNCHAL Números inquietantes
Data: 20-09-2007

As questões do Porto do Funchal interessam a todos os madeirenses. Uma melhor gestão e, daí decorrente, um melhor funcionamento do Porto poderá ter um peso fundamental na Economia da RAM e levar ao embaratecimento dos bens de consumo a toda a população numa Região em que mais de 80% do consumo resulta de bens importados.

É falso afirmar-se que a exploração de um Porto ocasiona sempre défices. Basta citar exemplos de Portos do nosso país. A exploração dos Portos tem originado lucros em:

Lisboa - 5,9 milhões de euros (em 2005)
Sines - 1,3 milhões de euros (em 2005)
Aveiro - 1,4 milhões de euros (em 2005)
Leixões - 6,7 milhões de euros (em 2004)

A única excepção, para além do gravíssimo deficit do Porto do Funchal, é Ponta Delgada, Açores, com um défice de 871,7 milhares de euros, embora só ocorrido, excepcionalmente, no ano de 2004.

O Porto do Funchal é o campeão dos défices. Em milhões de euros:
Em 2001 - -17.401.492
Em 2003 - -14.147.202
Em 2004 - -15.352.140
Em 2005 - - 16.672.888

Não se conhecem os prejuízos relativos a 2002, mas estes números aterradores são reconhecidos pelo Fiscal Único e o relatório da Análise Económica e Financeira do Porto do Funchal assinada pelo seu presidente e os dois vogais. Com efeito, a APRAM - Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira S.A., segundo o conselho fiscal, "continua a gerar prejuízos significativos cuja tendência de alteração a curto prazo não é previsível, a não ser que surjam negócios lucrativos enquadrados na actividade definida no contrato de sociedade". E acrescenta-se na pag. 2 do relatório do fiscal único: "A manter-se esta situação, a prazo, pode-se colocar em causa o princípio da continuidade das operações porque os capitais próprios vão sendo progressivamente absorvidos pelos prejuízos (…)" Há necessidade de revisão da situação da empresa portuária de estiva no Porto do Funchal. A operação portuária, isto é, a actividade de movimentação de cargas a embarcar ou desembarcar na zona portuária é eventualmente entregue a uma empresa de operadores portuários através de:
1) - Concessão de serviço público;
2) - licenciamento por decisão de autoridade portuária. Poderá ainda a autoridade portuária exercer directamente a actividade de operação portuária no caso de insuficiências da empresa de estiva ou para assegurar a livre concorrência.

A actual empresa a operar no Porto do Funchal foi autorizada pela APRAM a realizar operações de carga através de formas de licenciamento. Esta empresa tem sido vítima de críticas públicas, mas a verdade é que, parecendo beneficiar de condições muito favoráveis, se limita a aproveitá-las e não se vê que outras empresas eventualmente concorrentes se perfilem para disputar essas condições favoráveis. Todavia a emergente necessidade de contenção de despesas aconselha a que se reveja a situação e que se efective uma concessão de serviço público que venha a corrigir condições leoninas de favor e que fomente um concurso plenamente publicitado e com razoável margem temporal para que um número razoável de empresas possa concorrer.

Uma melhor gestão, tendo em vista boas decisões, devia considerar comparações relativamente à correlação do número de trabalhadores face ao trabalho dispensado. As seguintes comparações podem ser elucidativas:
em 2004 o Porto do Funchal tinha 191 trabalhadores para 2.528.373 de tonelagem movimentada.
O de Sines tinha 260 para 19.633.805;
o de Lisboa, 322 para 11.805.000;
o de Leixões, 210 para 13.713.000.

Com esta carta tenta-se alertar as pessoas para uma situação preocupante e, de certo modo, assegurar, às instâncias governativas e às instituições, estes reparos deliberadamente isentos da crítica gratuita feita de slogans agressivos ou demagógicos.

Esta carta foi escrita com o apoio do Comandante João Tolentino Andrade, a quem agradecemos a assistência, bem como a consulta a toda a sua documentação, a qual avaliza, rigorosamente, os números apresentados.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Sete pecados mortais!


Miguel Fonseca in DN (Madeira)

Notas de Verão
Data: 22-08-2007

1. A "sedição dos delfins" tem já um mérito. Viu-se claramente, visto que, seja qual for a perspectiva política em que nos coloquemos perante Alberto João Jardim, nenhum deles tem competência para continuar o legado autonómico e político do líder histórico do PSD.

2. Segundo a douta opinião de Ricardo Vieira, o PS não tem moral para criticar a Câmara. Se o direito de fazer oposição fosse tão-só uma questão de moral, o mundo estaria cheio de ditaduras. Moralismos à parte, o que é que efectivamente Ricardo Vieira pensa da gestão autárquica do edil que dirige o município do Funchal há vários mandatos? Há também outros edis da oposição de quem se esperava que falassem mais alto.

3. Não sou um político profissional nem está no meu horizonte nenhuma liderança partidária, mas não posse estar mais de acordo com Raimundo Quintal. Com esta campanha contra os políticos, e nomeadamente os autarcas, esquece-se a máquina administrativa, onde está situado o verdadeiro poder. Já Eisenhower denunciou o poder efectivo que era detido pelo complexo industrial e militar americano, independentemente das administrações serem democratas ou republicanas, o que dá origem ao que se poderia chamar a "ditadura nuclear " impondo-se à democracia formal, responsável por muitas guerras em que os americanos se metem.

4. Para além da acutilância da jornalista, a quem saúdo, na entrevista ao Presidente da Câmara, era bom que os entrevistadores portugueses vissem mais as televisões estrangeiras para que percebessem que a interrupção sistemática dos entrevistados não contribui para o esclarecimento.

5. No dia em que o homem chegou à Lua, o telejornal da RTP abriu com mais uma das triunfais visitas do Venerando Chefe de Estado, Almirante Américo de Deus Rodrigues Thomaz. No dia em que a oposição camarária anuncia que vai pedir o "impeachment" do executivo municipal, a Televisão da Madeira abre o telejornal com uma outra notícia, certamente importante, e deixa a questão para as calendas do alinhamento. Mudam-se os tempos, mas [na Madeira] não se mudam as vontades. É muito provável que, se a oposição apresentar na Assembleia uma moção de censura, a nossa querida televisão abra com uma exposição canina ou felina. Parece-me bem. Eu gosto dos bichos, como o Miguel Torga.

6. 30 anos e Chãos da Lagoa depois, ainda nenhum líder da Oposição fez esta pergunta ingénua ao líder do PSD: "Olhe, que "caminho" é aquele a que se refere quando diz que seguiremos "outro caminho" se Lisboa não nos ouvir?" (É por essas e por outras que são 30 anos).

7. O pedido de audiência de João Carlos Gouveia ao Presidente do Governo é um erro colossal do ponto de vista da estratégia e do discurso do novel líder do PS. E, o que é pior, é que ele não estava à espera da recusa. É o que eu digo: João Carlos Gouveia não tem competência para executar a sua própria estratégia política. E o "Bando dos Quatro", o que diz a isto?.

terça-feira, 20 de maio de 2008

O Indiana Jones da Madeira!?

Aurélio Canha in DN (Madeira)

O intocável arqueólogo
Data: 10-08-2007
Nos últimos meses tem vindo a público uma série de troca de palavras entre as duas Associações de Arqueologia da Madeira (CEAM e ARCHAIS) e a DRAC. Tais manifestações, às quais o público em geral não as compreende, já remontam da antiguidade, mais precisamente aos finais dos anos 90, altura em que regressaram à Madeira recém-licenciados em Arqueologia. A "guerra" inicia-se nessa altura, aos olhos de alguns, a DRAC seria o berço para esses recém-licenciados, mas como não o fez, viu-se confrontada com uma série de calúnias, falsidades, deturpações vindas a público desde então até ao presente. O "tacho" não foi ocupado por nenhum "animal" de estimação, como por vezes são denominados os Funcionários Públicos. Alguém ficou com uma espinha encravada na garganta e, até à data de hoje, não há maneira de a retirar! A manipulação e os conhecimentos amistosos nos meios de Comunicação Social de um responsável pela única Associação existente fazem com que se dê grande destaque e sensacionalismo à Arqueologia praticada na RAM desde os finais dos anos 90. Por diversas vezes vieram a público notícias em grande destaque de pequenas intervenções levadas a cabo em diversos Concelhos da Região por essa Associação, única até então na RAM, todo e qualquer acto insignificante tinha notícia, dezenas de artigos foram publicado nos diários locais, e até algumas entrevistas na TV local. A importância da Arqueologia crescia energicamente, pena era que o principal responsável por essa associação não crescesse não em tamanho, mas na postura, autenticidade e imparcialidade dos factos. O público em geral aplaude pequenas escavações feitas até então em cima do joelho, tudo foi notícia, tudo corre bem, a pureza e a falta de conhecimentos da opinião pública fazem com que a veracidade científica seja constantemente espezinhada e ignorada pelo sensacionalismo e inviolabilidade da Associação existente. Diversas escavações foram realizadas, principalmente no Concelho de Machico, a Arqueologia estava a crescer cada vez mais, mas um assunto era tabu, os custos, os quais pareciam boa vontade e de espírito voluntário, até inocentes criancinhas escavavam e sujavam as mãos, fazendo lembrar tempos idos da velha revolução industrial, os pais até gostavam, desconhecendo os perigos iminentes dessa ocupação manufactureira bem paga e rentável. Que ridículo digo eu, passados dez anos o mesmo Senhor continua pequeno, de espírito! Mentalmente não cresceu, não evoluiu, a sua atitude mantém-se exactamente a mesma, persistindo em denegrir a instituição DRAC e seus funcionários, atacando sistematicamente de forma sorrateira, falsa e mentirosa em diversas frentes. Presentemente e passados longos anos, a Lei de Bases do Património Cultural Português, parece-me que começa a ser aplicada, finalmente! Passa a ser exigido a quem escava "ordem", rigor, veracidade, ao contrário da "balbúrdia" atabalhoada que era praticada num passado recente. O problema reside exactamente aqui, presentemente existem duas Associações de Arqueologia, por outro lado, sempre existiu legislação que coexiste com uma tutela, onde a qual verifica a aplicação dessas mesmas normas legais, para bem do Legado do Património Cultural, e, para que o trabalho tenha um mínimo de qualidade científica exigida pela comunidade científica. Assim, para que não se cometam mais "abortos", como é o caso do Solar do Massapez, há que ser exigente e intransigente com aqueles que desenvolvem trabalhos na área do Património. Meus Senhores, pelo exposto acabaram-se os INTOCÁVEIS DA ARQUEOLOGIA.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Cunha e Silva e as suas histórias!

Reproduzo abaixo uma história publicada pelo "nosso" Vice-Presidente na Revista do DN (Madeira) deste fim de semana.

Tal como na altura ele continua sem saber em que século nasceu Camões (c/ 1524, século 16)!



"A HISTÓRIA
dos meus tempos de escola

Já lá vai muito tempo.
Sentado nos bancos do velhinho "Jaime Moniz", fazia o ponto de português.
Uma das questões pretendia saber em que século nascera Camões.
E, face à dúvida que, na altura, aquela me suscitava, fiz a pergunta ao colega marrão que se sentava atrás de mim. Mal mexendo a cabeça e entre dentes. E a resposta, também entre dentes, veio depressa. Inesperada, no entanto.
Isto é, o "solidário" colega a quem bastava sussurar uma palavra, ou seja, "quinze", preferiu dizer-me assim:
-Não posso responder agora porque a professora está vendo.
Ora, toma lá!"


quarta-feira, 14 de maio de 2008

terça-feira, 13 de maio de 2008

Os líderes do BCP também não sabiam de nada!


Aurélio Mendonça in DN (Madeira)
Negociatas
Data: 07-09-2007

Não foi ninguém da oposição, comuna ou cão raivoso que afirmou que havia negociatas na Câmara Municipal do Funchal. Quem fez tal afirmação foi o vice-presidente do governo regional. Esta denúncia de um membro do governo sobre a CMF, já lá vão quase três anos e todo o processo que se lhe seguiu era capaz de ganhar um concurso internacional de anedotas. Será o Sr. vice-presidente um caluniador, mentiroso que não sabe o que diz? Denúncias de corrupção num serviço público feitas por um membro do governo carecem imediata e aturada investigação do Ministério Público e Polícia Judiciária. Ser o governo regional a fazer uma inspecção administrativa à Câmara e os resultados que se vão conhecendo mais as anedotas do segredo de justiça e do contraditório demonstram inequivocamente que este governo e esta Câmara Municipal tomam os madeirenses por tolos. O que se ouve, lê e vê dá bem para perceber as razões do Sr. vice-presidente do governo quando afirma que metade do tempo na Câmara Municipal do Funchal é para negociatas. E se não são negociatas, o autarca-mor do Funchal que explique aos munícipes o porquê da construção de edifícios à margem da lei, por exemplo, pisos a mais, volumetria excessiva, inexistência de garagens, violações permanentes dos PDM, dualidades de critérios nos licenciamentos e mais a história que nunca contaram aos funchalenses, que foi a concessão de parques de estacionamento a uma empresa, tendo outra que foi excluída recorrido para os tribunais, tendo a CMF sido condenada a pagar uma avultada importância à empresa recorrente. Que bela negociata. Mas atenção. Apesar dos presidentes das Câmaras Municipais da região serem eleitos, quem lá manda não são eles mas sim o governador, que nesta situação da Câmara do Funchal, tem-se comportado como o perfeito Pilatos, que é o que lhe dá mais jeito e convém. Mas nem tudo é mau nesta cidade. Ficou-se a saber através do DN que temos mais um elefante, desta vez na Estrada Monumental. O autarca responsável pela CMF, acerca de mais este atentado à beleza e ordenamento da nossa cidade, veio dizer que estava tudo legal. Para ele está tudo sempre legal. Também afirmou publicamente que não é anjinho e não tem asas, mas ele qualquer dia vai dar uma volta e os mamarrachos, elefantes e outras aberrações ficarão por aí para serem contemplados por nós e pelas gerações vindouras.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Os bodes espiatórios

Juvenal Rodrigues in DN (Madeira)

Os males da Madeira
Data: 01-09-2007

Já por mais de uma vez alertei nesta página que iria acontecer, e aí está. Todos os males da Madeira provêm do Governo da República. Qualquer festa ou inauguração serve para intoxicar a mente dos madeirenses. Agora foram as inaugurações no Porto Santo, onde o Sr. Presidente do Governo Regional mais uma vez aproveitou para dizer mal de Lisboa, e foi a festa do dia do concelho de S. Vicente, onde o Sr. Vice-Presidente do G.R., em sintonia com o Sr. Presidente da Câmara, fez coro contra Lisboa e nem tocaram o Hino Nacional, se calhar porque Lisboa não mandou dinheiro para comprar o CD. E depois é a República que fomenta o separatismo, não é? Enquanto houve dinheiro à "fartazana" para gastar em algumas obras de fachada, e nos sumptuosos banquetes para as inaugurações, a Madeira parecia "nadar em dinheiro", agora que estão "tesos" continuam a tentar enganar os madeirenses dizendo que a culpa é sempre do Governo da República. Pergunto-me: como conseguiu a Madeira desencantar esta geração de políticos tão perfeitos e tão santinhos (não admira que a mãe do "menino azul" venha ao Porto Santo em busca de um milagre) que nunca erram ou erraram em nada, sendo sempre dos outros a culpa de todos os males? Já agora expliquem aos madeirenses como é que aplicaram, tão bem, rios de dinheiro e nem sequer construíram um parque de campismo para caravanas, já que os turistas que vêm das Ilhas Canárias e trazem as suas caravanas no "Volcán de Tamadaba"têm que ir acampar para o cais de Santa Cruz, por baixo do aeroporto (apenas com espaço para 4 ou 5), porque não conseguem parqueá-las noutro lugar. Por favor, senhor Presidente do Governo e senhores Presidentes das Câmaras Municipais (todos com culpas na situação a que a Madeira chegou), até lhes ficava bem, de vez em quando, assumirem os vossos erros e pedirem desculpa porque os madeirenses hão-de um dia mostrar-lhes que não existem políticos tão perfeitos e que não são assim tão estúpidos que continuem a acreditar em tudo o que vós dizeis. Antes de tocarem sempre a mesma "cassete" porque não falam que os madeirenses têm o custo de vida mais caro do País? Que gastam milhões em subsídios para "futebóis" e "noivas caras" e não foram capazes de dar aos idosos, mais necessitados, um subsídio de 60€ tal como faz o Governo dos Açores. Porque não se preocupam, por exemplo, com o preço de uma embalagem de "pariet"de 56 comprimidos para tratamento de doentes com úlcera gástrica que custa a módica quantia de 62€ (1.11€ por cada comprimido), uma embalagem de "visacor"com 60 comprimidos que custa 55€ (0.92€) cada comprimido, para o tratamento dos doentes com colesterol ou ainda uma embalagem de "enalapril ciclum" com 56 comprimidos pelo preço de 40€ para doentes com tensão arterial? Lembro-vos que estas são maleitas que afectam 70/80% da população e que os mais pobres deixam as receitas por aviar por falta de dinheiro. Quando os madeirenses acordarem desta letargia, hão-de pedir-vos contas e compreenderão que os bons governantes preocupam-se com a qualidade de vida da população e não apenas em dizer mal dos outros e fomentar "guerras" inúteis com um único fim: a caça ao voto.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Incompatibilidades políticas

Leitor devidamente identificado in DN (Madeira)

Bem dizia Frei Tomás… sobre as negociatas na Câmara
Data: 09-09-2007

O Dr. Ricardo Vieira é um político conhecido e distinto advogado. É também um habitual cronista e comentador de jornais, rádio e televisão que amiúde se pronuncia, e bem, sobre os mais vastos assuntos, sobre o ser e o dever ser. Dele esperávamos apenas coerência. Coerência com as suas palavras e escritos. Ser advogado e vereador na CMF ainda que "possa", por não ser ilegal, é conflitual. Se a lei não impede, a consciência devia impedir. Assim Ricardo Vieira não mais representa os que o elegeram mas os que lhe pagam… o seu cliente. Entre o interesse do cliente e os respectivos deveres deontológicos, e o interesse da causa pública dos eleitores e cidadãos, o vereador advogado não tem outro caminho que não seja a favor do cliente e contra o cidadão eleitor. A isso alguns chamam traição. Contra o cliente seria deslealdade. Mas suponhamos que cada vereador tenha um cliente, e que cada cliente de vereador na CMF tenha uma obra na cidade? Bom, haverá em primeiro lugar conflito de interesses. Depois tudo se poderá compor: vereador que tenha cliente com obras não se pronuncia - por alegado zelo, consciência e conflito de interesses - sobre a obra do seu próprio cliente. E logo também não se pronuncia sobre a obra do cliente do Colega Vereador de outro partido. Assim vai a CM da cidade do Funchal… Quanto ao munícipe anónimo se quiser fazer uma obra, seja com licença, seja sem licença, seja com meia licença ou com licença e meia, vai procurar um advogado vereador… talvez. Ou um vereador advogado. Pode ainda dirigir-se a um tal gabinete do munícipe. O partido apoia, passa a procuração e o município é processado. Na melhor das hipóteses é pressionado. Não é ilegal. Mas é imoral. E anticristão. E desleal para com os colegas de profissão que não são vereadores eleitos.