Naturalmente que o Bloco Central dos interesses, o mesmo que nos conduziu à presente situação, já deve ter acordado aprovar o Orçamento de Estado. A alternativa era deixar que o FMI lhes roubasse o poder. A alternativa era acabar de forma dolorosa com certos interesses e vícios. A alternativa era seguir a receita do FMI, receita que não poderia ser facilmente cozinhada à medida desse Bloco Central de interesses.
Enquanto não abolirmos a lógica das máquinas partidárias, a submissão do poder político ao poder económico não saímos da cepa torta. Enquanto os portugueses não perceberem que os dinheiros públicos, antes de o serem, eram dinheiros privados que foram confiscados pelo Estado, de forma mais justa ou menos justa, com o fim de garantirem a prestação de serviços mínimos e sustentáveis à sociedade, não estão em condições de votar com consciência. Enquanto os portugueses não perceberem que são eles quem financia o Estado e não o inverso não conseguirão pedir a devida prestação de contas às pessoas que elegeram.
Enquanto não perceberem isto tudo, os portugueses serão enganados pelas pessoas que elegem, pagarão no longo prazo muito mais do que aquilo que obtém do Estado no curto prazo e deixarão aos filhos e netos um país penhorado.
Já é tempo dos portugueses serem exigentes consigo próprios. Já é tempo dos portugueses perceberem que são também responsáveis pelos políticos e políticas que apoiam com o seu voto ou com o seu silêncio.
O problema não está apenas nos políticos mas também nos cidadãos. Esta crise antes de ser uma crise económica foi uma crise ética. Quando a maioria, simultâneamente, uns mais do que outros, uns inconscientemente, outros conscientemente e de forma criminosa, "saqueiam" o Estado este não consegue sobreviver por muito tempo. Nem mesmo recorrendo ao endividamento externo. Não se trata apenas de meia dúzia de maças podres.
É essencial que se defina que Estado queremos e que depois se instaure uma política fiscal coerente com a dimensão desse Estado.
É fundamental que qualquer cidadão tenha consciência do que pode esperar do Estado , nas mais variadas circunstâncias da vida, para que perceba até que ponto estão a ir-lhe ou não ao bolso a nível fiscal ou para que se aperceba, atempadamente, se o Estado está assumir responsabilidades sociais e financeiras muito acima da suas possibilidades e mesmo das possibilidades dos seus contribuintes.
É fundamental que se perceba que o Estado deve ser apenas um intermediário da solidariedade entre mais ricos e menos ricos. E nunca um instrumento de engenharia financeira que permita de forma abusiva sobrecarregar as gerações futuras com as irresponsabilidades presentes.
Enquanto não abolirmos a lógica das máquinas partidárias, a submissão do poder político ao poder económico não saímos da cepa torta. Enquanto os portugueses não perceberem que os dinheiros públicos, antes de o serem, eram dinheiros privados que foram confiscados pelo Estado, de forma mais justa ou menos justa, com o fim de garantirem a prestação de serviços mínimos e sustentáveis à sociedade, não estão em condições de votar com consciência. Enquanto os portugueses não perceberem que são eles quem financia o Estado e não o inverso não conseguirão pedir a devida prestação de contas às pessoas que elegeram.
Enquanto não perceberem isto tudo, os portugueses serão enganados pelas pessoas que elegem, pagarão no longo prazo muito mais do que aquilo que obtém do Estado no curto prazo e deixarão aos filhos e netos um país penhorado.
Já é tempo dos portugueses serem exigentes consigo próprios. Já é tempo dos portugueses perceberem que são também responsáveis pelos políticos e políticas que apoiam com o seu voto ou com o seu silêncio.
O problema não está apenas nos políticos mas também nos cidadãos. Esta crise antes de ser uma crise económica foi uma crise ética. Quando a maioria, simultâneamente, uns mais do que outros, uns inconscientemente, outros conscientemente e de forma criminosa, "saqueiam" o Estado este não consegue sobreviver por muito tempo. Nem mesmo recorrendo ao endividamento externo. Não se trata apenas de meia dúzia de maças podres.
É essencial que se defina que Estado queremos e que depois se instaure uma política fiscal coerente com a dimensão desse Estado.
É fundamental que qualquer cidadão tenha consciência do que pode esperar do Estado , nas mais variadas circunstâncias da vida, para que perceba até que ponto estão a ir-lhe ou não ao bolso a nível fiscal ou para que se aperceba, atempadamente, se o Estado está assumir responsabilidades sociais e financeiras muito acima da suas possibilidades e mesmo das possibilidades dos seus contribuintes.
É fundamental que se perceba que o Estado deve ser apenas um intermediário da solidariedade entre mais ricos e menos ricos. E nunca um instrumento de engenharia financeira que permita de forma abusiva sobrecarregar as gerações futuras com as irresponsabilidades presentes.