O problema das agências de rating é esse mesmo, pecam por defeito. Quando afirmam que está mau é porque está péssimo! A Europa tem um problema em relação às agências de rating. Em caso de "guerra económica" com os EUA está em desvantagem porque as 3únicas agências existentes são precisamente americanas.
A banca grega neste momento está a enriquecer imoralmente com a situação do seu próprio país.Exemplo: Empresta 500 milhões ao governo grego a 5%, depois dirige-se ao BCE e pede outros 500 milhões a 1% dando como garantia os 500 milhões que emprestara ao governo grego. Isto sem risco pois se o governo grego não conseguir cumprir o serviço da dívida quem fica a arder é o BCE que aceitou como garantia a dívida grega. Com a agravante da garantia ser valorizada em 100%. Para pedir 500 não exigem mais do que outros 500 como colateral. Os estados não podem pedir directamente ao BCE pelo que a banca está a fazer verdadeiras fortunas sem risco. Para mim esta crise permitiu-me ver a verdadeira face do capitalismo, infelizmente bem poucos se aperceberam da situação. Teóricamente o mercado tem regras claras e clássicas no entanto quando está em risco a élite económica os governos intervem o mundam as regras. E não podia ser de outra forma pois o mundo está refém das grandes empresas. Se elas caem também cae o sistema como o conhecemos. São demasiado grandes para que as possamos deixar falir. A consequência lógica é privatizar-se os lucros e socializar-se as perdas!
Na minha óptica contudo o que se passa com as agências de rating neste momento é exactamente o mesmo que se passou com as empresas de engenharia que avaliavam a segurança nas pontes portuguesas depois da queda da ponte de entre-os-rios.
Um amigo meu dizia-me: agora Miguel dizemos sempre que a ponte vai cair! Se cair estamos protegidos; se não cair também ninguém fica aborrecido e sempre se fazem mais obras de manutenção nas pontes...
Transpondo para o caso em discussão: para as agencias de rating os países vão entrar em bancarrota...se entrarem eles foram excelentes a prever...senão tb ninguém fica muito chateado...
A não ser o pobre país que viu o seu acesso ao crédito bem mais dificultado...Mas também quem é que se preocupa com países como a Grécia e Portugal?
3 comentários:
Custa-me perceber porque tantos de repente dão tanta credibilidade às agências de rating...
Não foram as mesmas que avaliaram tão positivamente a Islândia que em poucos meses entrou em bancarrota?
Como em todo o lado há que separar o trigo do joio...
O problema das agências de rating é esse mesmo, pecam por defeito. Quando afirmam que está mau é porque está péssimo!
A Europa tem um problema em relação às agências de rating. Em caso de "guerra económica" com os EUA está em desvantagem porque as 3únicas agências existentes são precisamente americanas.
A banca grega neste momento está a enriquecer imoralmente com a situação do seu próprio país.Exemplo: Empresta 500 milhões ao governo grego a 5%, depois dirige-se ao BCE e pede outros 500 milhões a 1% dando como garantia os 500 milhões que emprestara ao governo grego. Isto sem risco pois se o governo grego não conseguir cumprir o serviço da dívida quem fica a arder é o BCE que aceitou como garantia a dívida grega. Com a agravante da garantia ser valorizada em 100%. Para pedir 500 não exigem mais do que outros 500 como colateral.
Os estados não podem pedir directamente ao BCE pelo que a banca está a fazer verdadeiras fortunas sem risco. Para mim esta crise permitiu-me ver a verdadeira face do capitalismo, infelizmente bem poucos se aperceberam da situação. Teóricamente o mercado tem regras claras e clássicas no entanto quando está em risco a élite económica os governos intervem o mundam as regras. E não podia ser de outra forma pois o mundo está refém das grandes empresas. Se elas caem também cae o sistema como o conhecemos. São demasiado grandes para que as possamos deixar falir. A consequência lógica é privatizar-se os lucros e socializar-se as perdas!
Caro amsf,
Concordo com muito do que disse.
Na minha óptica contudo o que se passa com as agências de rating neste momento é exactamente o mesmo que se passou com as empresas de engenharia que avaliavam a segurança nas pontes portuguesas depois da queda da ponte de entre-os-rios.
Um amigo meu dizia-me: agora Miguel dizemos sempre que a ponte vai cair! Se cair estamos protegidos; se não cair também ninguém fica aborrecido e sempre se fazem mais obras de manutenção nas pontes...
Transpondo para o caso em discussão: para as agencias de rating os países vão entrar em bancarrota...se entrarem eles foram excelentes a prever...senão tb ninguém fica muito chateado...
A não ser o pobre país que viu o seu acesso ao crédito bem mais dificultado...Mas também quem é que se preocupa com países como a Grécia e Portugal?
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