Faustina said... in http://olhodefogo.blogspot.com/
Ainda sou do tempo em que os senhores padres, nos dias das eleições, faziam um enorme parênteses nas homilias para apelar à participação cívica dos católicos e ao cumprimento do dever cívico de votarem”. Até aqui tudo bem; havia coerência com a doutrina da igreja católica “contemporânea”. O curioso era a advertência que se seguia ao apelo ao voto: diziam que votar era um dever e uma responsabilidade; que se deveria “escolher bem” (nunca me esqueço desta); “escolher livremente mas com responsabilidade” – o que pressupunha a existência de partidos irresponsáveis. Mas havia uns ainda mais radicais e que revelavam as suas preferências pelos partidos do centro que respeitavam “a nossa moral” e doutrina cristãs... E havia ainda um mais idoso que ia mais longe e que dizia que votava sempre no mesmo (“mas credo em cruz, que cada um votasse de acordo com a sua consciência”)... Graças a deus que abracei a causa do ateísmo na minha adolescência (a minha professora de História foi a culpada e as leituras de Freud atiraram-me mesmo para o mundo dos pecados carnais, definitivamente), de maneira que deixei de acompanhar as subtis manipulações dos senhores padres nos dias das eleições. Sei que há uma nova geração mas que parece demasiado minoritária. Quanto aos velhos, a avaliar pela pecaminosa comissão diocesana, perderam mesmo o pudor que lhes restava e vão todos para o Inferno, graças a deus.
Ainda sou do tempo em que os senhores padres, nos dias das eleições, faziam um enorme parênteses nas homilias para apelar à participação cívica dos católicos e ao cumprimento do dever cívico de votarem”. Até aqui tudo bem; havia coerência com a doutrina da igreja católica “contemporânea”. O curioso era a advertência que se seguia ao apelo ao voto: diziam que votar era um dever e uma responsabilidade; que se deveria “escolher bem” (nunca me esqueço desta); “escolher livremente mas com responsabilidade” – o que pressupunha a existência de partidos irresponsáveis. Mas havia uns ainda mais radicais e que revelavam as suas preferências pelos partidos do centro que respeitavam “a nossa moral” e doutrina cristãs... E havia ainda um mais idoso que ia mais longe e que dizia que votava sempre no mesmo (“mas credo em cruz, que cada um votasse de acordo com a sua consciência”)... Graças a deus que abracei a causa do ateísmo na minha adolescência (a minha professora de História foi a culpada e as leituras de Freud atiraram-me mesmo para o mundo dos pecados carnais, definitivamente), de maneira que deixei de acompanhar as subtis manipulações dos senhores padres nos dias das eleições. Sei que há uma nova geração mas que parece demasiado minoritária. Quanto aos velhos, a avaliar pela pecaminosa comissão diocesana, perderam mesmo o pudor que lhes restava e vão todos para o Inferno, graças a deus.
Quarta-feira, Outubro 18, 2006 9:05:00 PM
Um comentário:
Há uns seis anos lí uma carta interessante, enviada por um padre, a lembrar ao Alberto João que sempre zelara para que as pessoas votassem no PPD e lembrado que o Governo Regional poderia retribuir construindo um Centro Paroquial na paróquia onde ele era padre naquele momento.
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