Carnaval na política
Data: 01-03-2007
Dr. Alberto João, filho único, líder do PSD-M e Governante da RAM por obra e graça de D. Francisco Santana, considera-se possuidor do item de iluminado político da nossa era e da nossa terra. Não suporta nem fronteiras, nem atropelos no seu caminho. Todos conhecemos o seu esbracejar discursivo e actuante, exigindo o espaço livre até ao horizonte. Por razões..., o debate político continua de pé, foi instalada, como pilar fixo, a Lei das Finanças das Regiões Autónomas. De imediato, embora em tempo de comédia, o Carnaval, numa cena única, Dr. Alberto João produziu três dramas: demite-se de Presidente do Governo Regional, provoca eleições antecipadas e apresenta-se como o primeiro concorrente. E quer tudo muito depressa. É líder, está em acção, esta Região Autónoma é o seu palco e precisa de continuar em cena. Demite-se porque, em política, não sabe ser companheiro. Tem de ganhar sempre. Arrasta consigo o PSD-M, porque é o dono, o pai e tem a mão na boca do saco. Um dia, o saco irá rasgar-se. Eleições. Uma Região Autónoma empatada, só para viver o espectáculo. A conta, depois, é para a vítima. E tudo isto, apenas porque o saco dos ovos virá mais pequeno. Para a execução do seu projecto, Dr. Alberto João conta com um grupo numeroso de companheiros súbditos e monocórdicos, instalados nos interesses da Região, gente que navega bem, fazendo dinheiro com o dinheiro do Governo, ou recebendo ordenados chorudos, pagos pelo Erário Público. Pergunta-se: governar é isto? Governar é ir sempre em frente, exigindo que o cofre suporte tudo? Nesta corrida inaugurativa, sabe quantos eleitores estão a ficar para trás? Quantos se sentem injustiçados, prejudicados e enganados? Quantos vivem e morrem à espera dos direitos a que têm direito? Estamos fartos do espectáculo da Madeira Nova e do Povo Superior, carregando ignorância, pobreza e submissão, embora envolto em confeitos luminosos: as estradas e vias rápidas, as construções, os elefantes brancos e os mordomos. A Humanidade sabe quanto tem sofrido, como vítima dos iluminados.
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