quinta-feira, 13 de março de 2008

Memórias da Madeira nova !

Colocada: 2008-03-12 20:21

"Ja comeco a ter problemas existenciais. Cada passo que dou, tropeco no passado. Sai agora para tomar um cafezinho. La estava o meu amigo de infancia, o Susano. Comecamos a falar, e ele diz; james, nunca na vida te irei perdoar! E entao, recuei mentalmente para a decada de 80. Era gerente do Sotto Mayor, descontara livrancas, avalizadas pelo governo regional, referentes a obras realizadas pelas Camaras da Madeira. As livrancas estavam em mora ha meses, os juros na altura, atingiam os 30%. Comunicaram-me que iria ser feito um financiamento ao governo regional, dividido por todos os bancos, e que o montante a financiar por nos era de 100 mil contos. Fiz as contas aos juros, eram cerca de 19.500 contos. Meti-me no carro, e fui falar com a dra Maria Antonia, administradora do banco. Pedi-lhe para aumentar o nosso financiamento para 120 mil contos e expliquei-lhe a minha ideia. A operacao foi feita, fiz um credito ao governo de 120 mil contos e debitei as livrancas e juros, e la restaram 500 contos, diferenca entre o credito e o debito. Dias depois, tocou o telefone no banco. Passaram-me a chamada, era o secretario das financas do governo regional. Perguntou-me de rompante: sr gerente, tenho aqui 2 papeis do banco, e nao percebo nada. Perguntei-lhe o nome, ele diz, Susano. Era um colega do liceu, e simpaticamente disse-lhe, daqui fala o James, e expliquei a liquidacao da divida. Ficou furioso, que o emprestimo nao era para pagar as dividas das camaras, e desligando o telefone, ainda ouvi: livra-te de pores as patas na Madeira. Saiu do governo e foi para director regional do BPA, lugar que anos depois ocupei. Paguei o cafe, o meu e o dele, mas vi nos seus olhos, que nunca me perdoou, nem perdoara."


Susano deverá ser o Secretário Regional do Planeamento e Finanças, 1978-1984, Dr. Susano Manuel Barreto de França


Não faltará muito para que alguns bancos concedam empréstimos ao GR na condição de esse dinheiro servir para amortizar as dívidas em incumprimento adiando assim o problema.


É possível enganar muitos durante muito tempo mas não é possível enganar todos durante todo o tempo. Porque na vida a sorte também conta perspectivo que alguém vá sair pela porta pequena só porque não soube sair atempadamente. A conjuntura económica internacional manterá esta porta pequena pelo menos até 2012...

3 comentários:

Anônimo disse...

Mas que carta engraçada... lol

Anônimo disse...

Ourém: Tribunal Central Administrativo confirma embargo de obra contestada pela Quercus
17 de Março de 2008, 16:09

Ourém, Santarém, 17 Mar (Lusa) - O Tribunal Central Administrativo Sul confirmou o embargo da construção de um prédio numa encosta da cidade de Ourém, decretado em primeira instância, por estar em Reserva Ecológica Nacional (REN), após uma providência cautelar da Quercus.

A Quercus avançou com uma providência cautelar e uma acção judicial, que ainda decorre, requerendo a suspensão das escavações para a construção de um prédio, atrás do Centro de Saúde de Ourém, cujo aviso de licenciamento foi aprovado por despacho do presidente da Câmara Municipal a 11 de Agosto de 2004.

Anônimo disse...

O ministro das Finanças autorizou a concessão de um subsídio de alojamento a Ascenso Simões, Secretário de Estado da Protecção Civil, no montante de 75% do valor das ajudas de custo estabelecidas para os vencimentos superiores ao índice 405 da Função Pública. Ou seja, são mais 1300 euros por mês. O próprio Teixeira dos Santos recebe este subsídio por não possuir residência em Lisboa!
Está a "viver" no Porto, tendo residência oficial em Lisboa. Continua a dar aulas, ele e a mulher, na Universidade, noPorto e é Presidente da Bolsa de Valores do Porto. Enquanto estes canalhas andam a roubar o direito ao salário e à carreira dos funcionários, ao mesmo tempo pagam-se a eles próprios 'subsídios de residência', cujos montantes são superiores ao que auferem mensalmente 80% dos funcionários no seu próprio salário! E isto só em 'subsídio'! Ou seja, a técnica é esta: Rouba-se a muitos, para dar muito, a poucos! Esta é a política do desgoverno, dito'socialista'!