sábado, 8 de março de 2008

Inquérito: Descontinuidade territorial

Porque a sondagem neste momento em vigor implicaria uma introdução prévia abro este post para o efeito.

Neste momento o Orçamento de Estado financia parcialmente as autarquias (Câmaras e Juntas), o Governo Regional, Serviços não regionalizados (Polícias, Justiça, Forças Armadas, Segurança Social (pensões inclusive) RTP, RDP, Universidade da Madeira), etc) e uma série de "situações" de que o cidadão madeirense não se dá conta. Estas "situações" que correspondem a um amenizar da descontinuidade territorial (insularidade) são financiadas pelo Governo da República de forma abstracta o que não aconteceria se o cidadão comum recebesse anualmente um cheque no valor de 3.000,00 a que chamaria-mos "Cheque insularidade". Só assim a República veria reconhecido o seu papel na Madeira e impediria que políticos demagogos e supostamente regionalistas usassem a ignorância popular como arma política!

Aceitam-se comentários com exemplos de "acções" financiadas pelo governo da república como forma de amenizar a descontinuidade territorial.

Recomendaria a leitura dos comentários antes de votar.

24 comentários:

MMV disse...

Diminuir preços das viagens, nomeadamente diminuir taxas aeroportuarias para voos domesticos!

amsf disse...

Baby-Boy

Em relação ao transporte aéreo entre Madeira e Continente é vice-versa o que o Estado português faz é subsidiar os bilhetes de avião dos madeirenses em 40 por cento do valor do bilhete de avião, num máximo de 118 euros (ida e volta). Este é apenas um dos apoios abstractos de que o madeirense usufrui sem dar por isso.

Aguardo mais exemplos!

Anônimo disse...

A deslocação dos clubes madeirenses para participação nos campeonatos nacionais não é apoiada financeiramente pelo governo da Republica?
R. Robles

Anônimo disse...

Nas últimas eleições internas no PSD-Madeira, realizadas em Abril de 2006, Alberto João Jardim foi eleito com 98,8 por cento dos votos. Uma percentagem elevada, mas que mesmo assim é inferior à que Carlos César obteve a 15 de Fevereiro passado, ao merecer a confiança de 99,6 por cento dos socialistas açorianos. Tanto Jardim como César governam os seus arquipélagos com maioria absoluta. No entanto, as bases dos militantes dos respectivos partidos são bem distintas. Enquanto o PSD-Madeira tem cerca de sete mil militantes habilitados a votar nas eleições internas, no PS-Açores esse indicador rondará os quatro mil. Há dois anos, Jardim foi reeleito com 4.967 votos e em Fevereiro passado César foi reeleito com 2.122 votos.

MMV disse...

Tenho a sensação que não é apoiado pelo Governo da Republica...

Anônimo disse...

Saída
No dia em que um governo se visse impedido de levar a cabo uma reforma essencial do seu programa, por rebelião dos profissionais de um serviço público apoiada pela oposição, só teria uma saída democraticamente digna, ou seja, pedir a demissão ao Presidente da República para convocar eleições antecipadas a fim de saber quem governa: se o Governo eleito ou a oposição, se os cidadãos eleitores ou uma classe profissional na rua.
[Publicado por Vital Moreira] [9.3.08] [Permanent Link]

amsf disse...

Os madeirenses se não contassem com a solidariedade nacional que é feita através da ERSE estariam a pagar a electricidade que consumem a um valor 57% superior ao actual.

Continuarei a dar outros exemplos no entanto aguardo contribuições de outros comentaristas.

MMV disse...

Haver uma universidade com dupla tutela, para que o Governo Regional apoiasse...

amsf disse...

Terei que ser eu...

Toda a habitação feita na Madeira a custos controlados benefícia de uma comparticipação de 40% do Instituto Nacional de Habitação.

Anônimo disse...

Baixa-Chiado: Câmara quer suspender PDM para antecipar quatro projectos
11 de Março de 2008, 14:07

amsf disse...

Toda a função pública da ilha da Madeira recebe um subsídio de insularidade de 2% e da ilha do Porto de 30%...

amsf disse...

Correção:

Porto Santo

amsf disse...

O Instituto do Livro e das Bibliotecas (Nacional) reembolsa os editores e distribuidores pelos custos de envio para as regiões autónomas das publicações não periódicas (livros).

MMV disse...

As empresas que tem sede em Lisboa e "trabalham" na Madeira pagarem parte dos seus impostos (relativo à % de trabalho que executam na Madeira) na Madeira!

amsf disse...

Estudantes económicamente carenciados das regiões insulares podem requerer anualmente uma passagem de ida e volta (Despacho 1199/2005)...

MMV disse...

I know!... Mas uma passagem é no Natal? E nas férias grandes?! Ficam a ver navios?

Isso nao combate a insularidade... Quando normalmente um estudante que estude no algarve e seja de braganca paga à volta de 20 euros de autocarro! Faca as contas e veja quantas viagens dá para ele fazer, enquanto a nós só nos pagam 1 viagem!

MMV disse...

correccao... fui ver ao site da rede de expresso e custa 25 euros...

MMV disse...

Demora é 12 horas...

amsf disse...

A Madeira pensa que é o centro do mundo.

Vamos fazer um exercício académico e imaginar a Madeira como país e utilizar os mesmos critérios de exigência que se usam em relação ao poder central:

Um cidadão de Santana deverá ter um subsídio, a pagar pelo Governo deste país chamado Madeira, sempre que pretenda ir ao cinema pois não há cinema em Santana;

Um estudante de Santana deverá ter uma bolsa de estudo para estudar na Univ. da Madeira uma vez que não existe uma universidade na sua localidade;

Porque os produtos não agrícolas são mais caros em Santana do que no Funchal, os bragados deverão receber um subsídio para compensar esse efeito;

Porque o clima em Santana é mais frio deverá o GR do Funchal subsidiar os medicamentos;


Porque em Santana as actividades culturais são escassas deverá o GR do Funchal subsidiar qualquer iniciativa que se realize lá nesse âmbito;

Porque o clima em Santana é mais frio deverá o GR do Funchal subsidiar as roupas quentes;


Porque em Santana não é possível encontrar todas as especialidades médicas deverá este governo central (Funchal) subsidiar as vindas ao Funchal de todos os doentes.

ETC, ETC!

Entretanto os bragados fingem não perceber que os produtos agrícolas são mais caros na capital, que os funchalenses tem uma pior qualidade de vida pois são obrigados a andar de carro na ida e vinda dos empregos, que têm que aturar engarrafamentos, que quando pretendem viajar para o "campo" não recebem qualquer subsídio, que o estilo de vida citadino é mais caro, etc, etc...

Já percebi que para a maioria das pessoas é natural pensar unicamente em sí...que lhes é difícil colocarem-se na posição do "outro"...Líderes com essa mentalidade podem ser muito regionalistas quando estão no último degrau da cadeia de comando mas se estivessem a governar um país seriam os piores centralistas que se poderia ter pois não assumem as suas responsabilidades. Como responsáveis máximos teriam que culpar sistematicamente a entidade superior (União Europeia) ou quando encurralados pela sua incompetência considerar as entidades inferiores (autarquias, cidadãos) medíocres!

MMV disse...

"Porque em Santana não é possível encontrar todas as especialidades médicas deverá este governo central (Funchal) subsidiar as vindas ao Funchal de todos os doentes." - Por acaso existe subsidio para transporte!

A diferenca é que Santana nao esta rodeada por mar... A "melhor comparacao" que faria era do Porto Santo, contudo eles tem subsidios!

Essa comparacao nao faz sentido, porque existe continuidade do território entre o Funchal e Santana... E entao?! Tem que dar um exemplo melhor... Ficarei à espera

amsf disse...

Desculpe mas não existe subsídio para transporte. Um cidadão que venha ao Funchal a uma consulta privada não tem qualquer subsídio. Se a maioria dos madeirenses estivessem à espera das consultas do hospital emperravam o sistema e uma parte significativa veria a sua situação agravar-se de forma irreversível.

Portanto o que diferencia um madeirense de um transmontano é o mar! Se o transmontano pode ir a pé a Lisboa também o poderá fazer um madeirense a nado!

Às vezes confunde-se autonomia com insularidade. A autonomia (orgãos políticos) deve ser paga por quem dela benefícia, os madeirenses, a insularidade deve ser amenizada pelo todo nacional. Teria que ser feito um estudo rigoroso sobre o que custa ser português na Madeira a nível de passagens aéreas e transporte de mercadorias de contrário estaremos a ser desonestos! Se formos a fazer contas de tudo os Lisboetas quererão receber, da Madeira, um subsídiozinho por terem de percorrer grandes trajectos (tempo, stress, combustível) para irem para o emprego só porque na Madeira não é assim. Na minha opinião o Estado português só teria que conceder incentivos extraordinárias às regiões que se estivessem a despovoar...apesar de tudo não vejo os madeirenses a se dirigirem para a capital do país porque lá as coisas são supostamente mais baratas. A isto chama-se sentido de Estado...como é evidente esta opinião não dá votos a quem a emita no entanto é a minha opinião!

MMV disse...

Ah! Fala de uma consulta privada, se tem dinheiro para a consulta privada não terá dinheiro para um autocarro que custa uns 3 €?

Quanto a esse ponto de vista eu não concordo, e sabe qual é o meu, por isso não preciso explicar...

amsf disse...

Como forma de amenizar a descontinuidade territorial o Governo da República isenta os armadores de pagar a Segurança Social e o IRS dos seus trabalhadores e só paga IRC sobre 30% dos lucros. Será que estas isenções reflectem-se no consumidor final ou ficam na mão de meia dúzia de amigos da Madeira!?

amsf disse...

As passagens para e do Porto Santo, por avião ou por barco, são comparticipadas pelo governo do República...