Aurélio Mendonça in DN (Madeira)
Negociatas
Data: 07-09-2007
Não foi ninguém da oposição, comuna ou cão raivoso que afirmou que havia negociatas na Câmara Municipal do Funchal. Quem fez tal afirmação foi o vice-presidente do governo regional. Esta denúncia de um membro do governo sobre a CMF, já lá vão quase três anos e todo o processo que se lhe seguiu era capaz de ganhar um concurso internacional de anedotas. Será o Sr. vice-presidente um caluniador, mentiroso que não sabe o que diz? Denúncias de corrupção num serviço público feitas por um membro do governo carecem imediata e aturada investigação do Ministério Público e Polícia Judiciária. Ser o governo regional a fazer uma inspecção administrativa à Câmara e os resultados que se vão conhecendo mais as anedotas do segredo de justiça e do contraditório demonstram inequivocamente que este governo e esta Câmara Municipal tomam os madeirenses por tolos. O que se ouve, lê e vê dá bem para perceber as razões do Sr. vice-presidente do governo quando afirma que metade do tempo na Câmara Municipal do Funchal é para negociatas. E se não são negociatas, o autarca-mor do Funchal que explique aos munícipes o porquê da construção de edifícios à margem da lei, por exemplo, pisos a mais, volumetria excessiva, inexistência de garagens, violações permanentes dos PDM, dualidades de critérios nos licenciamentos e mais a história que nunca contaram aos funchalenses, que foi a concessão de parques de estacionamento a uma empresa, tendo outra que foi excluída recorrido para os tribunais, tendo a CMF sido condenada a pagar uma avultada importância à empresa recorrente. Que bela negociata. Mas atenção. Apesar dos presidentes das Câmaras Municipais da região serem eleitos, quem lá manda não são eles mas sim o governador, que nesta situação da Câmara do Funchal, tem-se comportado como o perfeito Pilatos, que é o que lhe dá mais jeito e convém. Mas nem tudo é mau nesta cidade. Ficou-se a saber através do DN que temos mais um elefante, desta vez na Estrada Monumental. O autarca responsável pela CMF, acerca de mais este atentado à beleza e ordenamento da nossa cidade, veio dizer que estava tudo legal. Para ele está tudo sempre legal. Também afirmou publicamente que não é anjinho e não tem asas, mas ele qualquer dia vai dar uma volta e os mamarrachos, elefantes e outras aberrações ficarão por aí para serem contemplados por nós e pelas gerações vindouras.
2 comentários:
Ainda há dias o comandante do navio estreante Independence of the Seas, que apesar de não ser nenhuma solenidade em urbanismo, afirmou que havia um excesso de construção e até se referiu ao aeroporto da Madeira. Na Estrada Monumental, outrora uma delícia da contemplação marítima está hoje completamente descaracterizada.
Esta governação albuquerqueana está a dar cabo da Cidade do Funchal...Curiosamente no ano em que a urbe perfaz 500 anos com edições culturais, regatas e um conjunto de lâmpadas (fundidas) incandescentes à entrada do Porto do Funchal...
No centro da cidade autorizam-se mamarrachos a cada canto com promotores do gabinete presidencial ocultados em S.A's e demais interesses instalados.
Viva a bagunça.
Albuquerque é apenas a «voz do dono» e faz o que ditam de cima!
Temos que minimizar a sua «maldade» pois ele é apenas mais um marionetado pela clique (vulgo «mafia boa»).
Neste país de lacaiocratas há que usar a vassoura e correr com esta mediocracia toda!
Eu, com um décimo do tempo de antena do soba, virava isto tudo do avesso! Já chega de pouca vergonha e de cobardia; o país precisa de um novo rosto, de uma nova roupagem, de uma nova geração que substitua os «rascas» que vão usando e abusando da credulidade popular!
Bando de idiotas!
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