quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Atacando, resguardado pelas imunidades


AJJ já nos habituou àqueles tiques anedóticos que nos faz assombrar tanto em riso como em choro. Apesar daquela aparente vitalidade do discurso interno, o certo é que o homem nem mais acredita no que vocifera, mais ou menos como aquela "res" que esperneia sob o cutelo da morte certa. De entre os Conselheiros de Estado que nos merecem respeito e consideração, Jardim é o exemplo vivo de "um acidente de percurso" da jovem democracia portuguesa. O desrespeito pelas oposições, a fraca cultura democrática e falta de sentido de Estado são-lhe reconhecidas por todos os quadrantes políticos, inclusivamente entre os seus pares. Não obstante o mérito de reivindicar mais "Madeira" no plano nacional e à custa disso transformar uma ilha de basalto em cimento, com numa economia detida por uns quantos barões, Jardim "tentacularizou" na sua esfera de influência como um polvo gigante. O clima de intimidação na denúncia das enormidades que se cometem, quer por parte das oposições, quer por parte de quem "usa" a sua cidadania, é e sempre foi a arma predilecta. Nos sítios pequenos falar mais alto, e estar sentado no pedestal, torna a razão dispensável. Jardim aproveitou-se da docilidade do seu povo e promoveu uma cultura de saloios e um "novo riquismo" ainda pior que a burguesia emergente de Changai.Do alto do seu "castelo de cartas" o Sr. Jardim dispara para todo o lado. Escuda-se cobardemente nas imunidades de Conselheiro de Estado e na do seu mandato regional. No entanto ordena aos seus arrebanhados "pupilos" parlamentares que levantem a imunidade das oposições.Jardim sabe que o seu fim político está próximo. As fissuras no seu aparelho estão à vista e mais cedo ou mais tarde, aquela implosão ocorrerá de forma descontrolada. Infelizmente para as populações da Madeira e Porto Santo, saberemos todos, os custos desta "experiência desastrosa de portugalidade no atlântico", em que se tornou esta autonomia desvirtuada com as futuras gerações a assumirem os passivos que agora se moldam no betão e despesismos faraónicos para gaúdio de alguns.

23 de Outubro de 2007 19:20

6 comentários:

amsf disse...

Parece que o sr. AJJ pretende processar o deputado Carlos Pereira. Segundo o JM, já deu ordens ao primeiro poder do nosso sistema político (ALRM !!!) para lhe levantar a imunidade.
É caso para dizer que demonstra muita coragem e honestidade intelectual!

Anônimo disse...

Bom dia pessoal! Hoje está a correr barato: lapas fresquinhas e grandes a 6 € ao quilo. Polvos grandes a 8 €. Contactem mazzola@gmail.com.

Anônimo disse...

Grandes verdades neste texto... Só mesmo quem é burro é que discordaria destas afirmações. Ameaçar a oposição sistematematicamente de que se lhes vai retirar a imunidade parlamentar, é um último recurso que o pe-pe-deia tem para tentar calar a oposição, se não os podem censurar, atacam-lhes a vida com processos. É uma verdadeira novela da vida real o cenário da política madeirense nos ultimos meses...

Rui Caetano disse...

A táctica do amedrontar funciona. Os madeirense ficam com medo e não falam nem fazem frente a este poder absoluto.

amsf disse...

Parece que a Comissão Política Regional do PSD-M decidiu que «toda a calúnia» lançada sobre pessoas e instituições será levada aos tribunais.
É preciso aproveitar...todos aqueles que foram caluniadas na sua vida privada, social, política, económica, sexual, etc, devem aproveitar este acto de generosidade do Dr. Alberto João Jardim e encaminharem o seu caso para o dito sr.. Falta esclarecer para que morada enviar...se para a Quinta Vígia se para a Fundação Social Democrata.
Se alguêm souber que me informe.
Será que teremos o Dr. Guilherme Silva a patrocinar todos estes casos ou encarregarão um estagiário para tarefa tão gigantesca!?

Rui Caetano disse...

Com a montanha de irregularidades detectadas pelo tribunal de contas em diversas Camaras da região, com a onda de suspeições que pululam por essa Madeira fora, o Ministério Público considerou mais importante recorrer da decisão do juíz que considerou improcedente a minha perda de mandato.
Assim sim, estão a trabalhar e muito.