“REGIÕES AUTÓNOMAS” PARA QUÊ???!!! Este artigo serve-me de pretexto para eu contestar a existência política do estatuto de “regiões autónomas”, da Madeira e Açores. A Madeira tem 60 deputados para cerca de 200 000 eleitores (suponho que os Açores são um caso parecido). Ora, isto dá 1 deputado para cerca de 3333 eleitores. Contra 1 deputado para cerca de 35 000 eleitores no continente (cerca de 8 milhões de eleitores a dividir por 230 deputados). Isto é, a Madeira e os Açores têm um rácio deputado-eleitor 10 vezes maior que no continente! Mais, a Madeira, com os seus 60 deputados e 11 concelhos apresenta cerca de 5 deputados… por concelho! Uma pessoa com razoável bom-senso político jamais poderá aceitar tamanho despautério político! Aliás, a gente sabe que isto de governos e deputados regionais é, mas é, um bando de sinecuristas que goza à tripa-forra tais sinecuras. Souberam fazer barulho e imporem-se, “in illo tempore”, e agora é difícil voltar atrás…… Sobretudo, quando não se pratica ciência política, mas sim, “ciência” do oportunismo e da falta de convicções ideológicas firmes e fundamentadas… A Madeira e os Açores são uma parte de Portugal, tal-qualmente o distrito de Bragança ou de Faro ou de Lisboa ou outro qualquer. Concomitantemente, tais regiões, abusivamente autónomas, deveriam ter a mesma estrutura do continente, isto é, concelhos, distritos, governos civis e governo central. Teríamos, então, os 11 concelhos madeirenses ligados à capital de distrito, o Funchal, com o respectivo governador civil (outro cargo dispensável e sumptuário, próprio das prebendas políticas e não da ciência política). Nos Açores, teríamos os 3 distritos que lá estão… Regiões autónomas para quê???!!! Que é que faz um governo regional?! Que é que fazem os parlamentos regionais???!!! Será que andam a inventar leis próprias, desligadas do continente e da Constituição?! Será que em tais ilhas se justifica um governo próprio e parlamentos de 60 deputados sinecuristas???!!! A fazerem o quê???!!! Ainda por cima, estamos na era das telecomunicações, sob a mesma Constituição, a curta distância de tais ilhas… Se a Madeira e Açores podem ter governo e parlamento próprios, já agora, os outros distritos também podiam reclamar a mesma coisa, legitimamente! Nada justifica a prerrogativa abusiva dessas “regiões autónomas”, que só serve para encher os bolsos duns politicastros oportunistas… Não me venham com tretas sobre “custos de insularidade” e outras que tais, porque se isso fosse um custo excepcional, poderia transferir-se mais dinheiro para as autarquias, para obviar aos custos, sem ter que erigir governos sumptuários, arrogantes e parasitários. De resto, o custo de insularidade… é um custo! Certamente que inibirá uma vida mais barata… mas o problema é deles! Terão que viver com mais custo e trabalhar mais para atingirem melhor vida! Ter um custo acrescido… faz parte da vida insular… e os governos não têm nada que privilegiar tais insulares. Naturalmente que, por todo o país, também há custos de “interioridade” e outros problemas, que se vão, melhor ou pior, tentando resolver, sem ter que instaurar governos parasitários e sumptuários, que consumiriam imensos recursos financeiros, que seriam melhor aplicados directamente nas autarquias, que é o único poder que merece reforço financeiro, porque estão mais próximos da população. Para quem não sabe, a ilha de Porto Santo está para a Madeira, como o Algarve está para o pessoal do continente: nas férias, os madeirenses desembarcam em força, por mar e ar, naquela ilha, enchendo as praias e… as suas vivendas. Em Porto Santo, dada a sua pequenez, as estradas mal suportam os 70 km/h… Ora, eu vi lá, aqui há tempos, um Porsche 911 GT3, cuja velocidade máxima é de 300 km/h! Um carro caríssimo! Na Madeira vi carros mais potentes que a média nacional! As transferências sumptuárias de fundos nacionais para essas regiões também devem dar para tais carros… Política sumptuária e parasitária… para sinecuristas arrogantes e impertinentes!
sexta-feira, 27 de julho de 2007
Autonomia madeirense vista de lá !
“REGIÕES AUTÓNOMAS” PARA QUÊ???!!! Este artigo serve-me de pretexto para eu contestar a existência política do estatuto de “regiões autónomas”, da Madeira e Açores. A Madeira tem 60 deputados para cerca de 200 000 eleitores (suponho que os Açores são um caso parecido). Ora, isto dá 1 deputado para cerca de 3333 eleitores. Contra 1 deputado para cerca de 35 000 eleitores no continente (cerca de 8 milhões de eleitores a dividir por 230 deputados). Isto é, a Madeira e os Açores têm um rácio deputado-eleitor 10 vezes maior que no continente! Mais, a Madeira, com os seus 60 deputados e 11 concelhos apresenta cerca de 5 deputados… por concelho! Uma pessoa com razoável bom-senso político jamais poderá aceitar tamanho despautério político! Aliás, a gente sabe que isto de governos e deputados regionais é, mas é, um bando de sinecuristas que goza à tripa-forra tais sinecuras. Souberam fazer barulho e imporem-se, “in illo tempore”, e agora é difícil voltar atrás…… Sobretudo, quando não se pratica ciência política, mas sim, “ciência” do oportunismo e da falta de convicções ideológicas firmes e fundamentadas… A Madeira e os Açores são uma parte de Portugal, tal-qualmente o distrito de Bragança ou de Faro ou de Lisboa ou outro qualquer. Concomitantemente, tais regiões, abusivamente autónomas, deveriam ter a mesma estrutura do continente, isto é, concelhos, distritos, governos civis e governo central. Teríamos, então, os 11 concelhos madeirenses ligados à capital de distrito, o Funchal, com o respectivo governador civil (outro cargo dispensável e sumptuário, próprio das prebendas políticas e não da ciência política). Nos Açores, teríamos os 3 distritos que lá estão… Regiões autónomas para quê???!!! Que é que faz um governo regional?! Que é que fazem os parlamentos regionais???!!! Será que andam a inventar leis próprias, desligadas do continente e da Constituição?! Será que em tais ilhas se justifica um governo próprio e parlamentos de 60 deputados sinecuristas???!!! A fazerem o quê???!!! Ainda por cima, estamos na era das telecomunicações, sob a mesma Constituição, a curta distância de tais ilhas… Se a Madeira e Açores podem ter governo e parlamento próprios, já agora, os outros distritos também podiam reclamar a mesma coisa, legitimamente! Nada justifica a prerrogativa abusiva dessas “regiões autónomas”, que só serve para encher os bolsos duns politicastros oportunistas… Não me venham com tretas sobre “custos de insularidade” e outras que tais, porque se isso fosse um custo excepcional, poderia transferir-se mais dinheiro para as autarquias, para obviar aos custos, sem ter que erigir governos sumptuários, arrogantes e parasitários. De resto, o custo de insularidade… é um custo! Certamente que inibirá uma vida mais barata… mas o problema é deles! Terão que viver com mais custo e trabalhar mais para atingirem melhor vida! Ter um custo acrescido… faz parte da vida insular… e os governos não têm nada que privilegiar tais insulares. Naturalmente que, por todo o país, também há custos de “interioridade” e outros problemas, que se vão, melhor ou pior, tentando resolver, sem ter que instaurar governos parasitários e sumptuários, que consumiriam imensos recursos financeiros, que seriam melhor aplicados directamente nas autarquias, que é o único poder que merece reforço financeiro, porque estão mais próximos da população. Para quem não sabe, a ilha de Porto Santo está para a Madeira, como o Algarve está para o pessoal do continente: nas férias, os madeirenses desembarcam em força, por mar e ar, naquela ilha, enchendo as praias e… as suas vivendas. Em Porto Santo, dada a sua pequenez, as estradas mal suportam os 70 km/h… Ora, eu vi lá, aqui há tempos, um Porsche 911 GT3, cuja velocidade máxima é de 300 km/h! Um carro caríssimo! Na Madeira vi carros mais potentes que a média nacional! As transferências sumptuárias de fundos nacionais para essas regiões também devem dar para tais carros… Política sumptuária e parasitária… para sinecuristas arrogantes e impertinentes!
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6 comentários:
Com todo o respeito, e que é muito, que me merecem as opiniões dos outros, o autor do artigo que você "postou" fez um dos exercícios mentais (???) mais frustrados e doentios que já tive a infelicidade de ler...
Boa sorte para o seu blogue!
Em relação ao número de deputados terá que concordar que 67 eram demasiados e tanto eram que nesta legislatura passaram para 48. Ou eram 68 e passaram para 47!?
Caro amsf,
por mim o número de deputados não excederia 35.
O que não posso absolutamente concordar é com o ataque frontal que o Sr. João Pedro Moura faz às autonomias. Expressões como "sinecuristas", "tais regiões, abusivamente autónomas, deveriam ter a mesma estrutura do continente, isto é, concelhos, distritos, governos civis e governo central", "De resto, o custo de insularidade… é um custo! Certamente que inibirá uma vida mais barata… mas o problema é deles! Terão que viver com mais custo e trabalhar mais para atingirem melhor vida!", demonstram perfeitamente o que realmente a Madeira e os Açores representam para ele.
Aliás, a "estória" do "um Porsche 911 GT3, cuja velocidade máxima é de 300 km/h" está de morte. Claro que só quem não conhece a realidade do parque automóvel nacional, pode dizer que na Madeira circulam viaturas que em média são melhores que as do continente. Basta ir ao grande Porto, que chegou a ser considerada a zona da U.E. com mais Ferraris a circular.
Bem mas isto são trivialidades. O que acho evidente é que o senhor em causa é claramente anti-autonómico, e que as regiões autónomaspara ele são um espinho encravado na garganta.
PS: Quanto à história do Governador Civil, nem me pronuncio. Defender a existência de um para a Madeira, e logo a seguir minorar o cargo em causa da maneira que o faz, é precisamente defender uma relação Autarquias - Governo Central, mandando tudo o que possa ser órgão regional à fava!
Melhores cumprimentos!
O problema não é a existência da Autonomia que foi uma grande conquista de Abril, votada por unanimidade na Assembleia da República em 1976. O problema é este poder tentacular do PSD que ninguém consegue destronar,e que ao que parece a República não consegue impor o seu respeito até para aplicar uma lei geral como é o caso da IVG.É que por este caminho eles podem estar a fazer uma experiência, se esta lei não for aplicada eles vão fazer o mesmo com outras leis e aí vamos ver o que,o que eles realmente querem é a independencia, como sempre quizeram.O governo da República nunca deveria ter deixado de fora as Regiões Autónomas quando elaborou a regulamentação da lei, acabou por lhes fazer um grande "frete"
Mas há comentários para o que este homem acaba de dizer??
Eu pergunto se alguem sabe o que são eleições.
Os madeirenses votam, há um resultado, esse resultado provem da decisão de todos os votantes.ganha quem tem mais votos. Ponto final.
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