Dezembro de 2003
Eu também nunca gostei do AJ, embora, no meu caso, isso se deva a uma questão de higiene mental. Sempre tive como certo que o mito AJ assenta na descontrolada torneira dos dinheiros públicos, sempre aberta para a Madeira. Mais do que saber-se se o governo de Jardim recebeu muito ou pouco, era interessante esclarecer por que motivo os governos centrais foram sempre tâo complacentes com os défices orçamentais da Madeira e tão generosos quanto ao (não) pagamento da dívida. No seu texto faz uma referência, surpreendente, a um eventual benefício do Alentejo relativamente à Madeira. Trata-se de uma questão que, sinceramente, me interessa e por isso peço-lhe o favor de quantificar essa opinião. Se não quiser documentá-la aqui, agradeço-lhe que me diga em que fontes baseia a sua afirmação. Em todo o caso, creio que esqueceu um pequeno pormenor: o facto de o Alentejo não ter nenhum governo regional, o que torna absolutamente incomparável com a Madeira a gestão dos dinheiros que lhe tenham sido destinados.
Publicado por: (M)arca Amarela às dezembro 5, 2003 09:25 PM
"a incontinência verbal de Alberto João Jardim acaba por surgir como algo de diferente que, no nosso intelectualismo urbano poderemos achar bacoco e folclórico, mas que poderá começar a colher, se a situação política nacional não sair do ramerrão em que mergulhou e que é tanto ou mais insuportável, quanto a incontinência verbal do Alberto João Jardim."
a joana já esteve mais longe de ser a mandatária de AJJ para o novo mandato na Madeira !
Publicado por: zippiz às dezembro 5, 2003 10:32 PM
Se o AJJ me escolhesse para mandatária depois de eu o ter apelidado de Idi Amin da Madeira, é porque ela era um modelo de democracia e tolerância.
Nesse caso não teria dúvidas em aceitar!
Publicado por: Joana às dezembro 5, 2003 10:52 PM
(M)arca Amarela: Não tenho à mão documentação sobre o assunto mas sempre que me passam pelas mãos documentos referentes aos fundos per capita distribuídos por região, o Alentejo vem sempre à cabeça destacado.
Por outro lado, a diferença de crescimento entre a Madeira e o resto do país é tão abissal que não pode, de forma alguma ser explicada pela “torneira dos dinheiros públicos”. Aliás, julgo que o off-shore é de longe mais importante que os dinheiros públicos para a formação do PIB madeirense. Mas estou a falar por feeling.
Quanto à capacidade de gestão dos fundos e o poder regional, você está a fazer, sem intenção certamente, um elogio à boa gestão do AJJ em comparação com os continentais.
Quanto ao caso da gestão “regionalizada”, no que respeito ao Alentejo não me sinto segura sobre se seria vantajosa ou não. No que respeita ao Grande Porto que conheço bem (embora menos bem agora que antes da última revolução autárquica), digo-lhe que seria desastrosa. Não me pergunte porquê, porque seria entrar em pormenores sigilosos.
Em qualquer dos casos é apenas a minha opinião. Outros terão opiniões diversas e estão no seu direito.
Publicado por: Joana às dezembro 5, 2003 11:10 PM
(M)arca Amarela: Também há que ter em conta que os investimentos em infra-estruturas no Alentejo são, per capita, necessariamente mais elevados dada a baixa densidade demográfica. Redes de abastecimento público, saneamento, recolha e valorização do lixo, etc., serão tendencialmente mais caras, por habitante que em zonas densamente povoadas. Mas mesmo descontando isto, o Alentejo tem tido um bom quinhão dos dinheiros públicos.
Publicado por: Joana às dezembro 5, 2003 11:16 PM
Eu gosto do Jardim. Temm o que falta aos Contenentais: Tomates
Publicado por: Rui Silva às dezembro 6, 2003 11:15 PM
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