6/11/06 22:22
Num país patriarcal como o nosso, levanto a hipotese que o aborto é visto, ainda que de forma inconsciente, como um atentado, não contra a "vida" mas contra o poder do homem. O incosnciente societal não concebe de forma plena a igualdade de generos, o direito a escolha... a mulher (infelizmente) ainda é a propriedade do homem. Muitos passos institucionais têm sido dados em direcção à equidade, mas temo que o referendo será mais um revés as pretensões de igualdade das mulheres de Portugal... O ironico é que são mulheres as primeiras a pronunciar-se, por via dos movimentos anti-aborto, contra esse grande passo, que resultaria na devolução da "propriedade" do corpo à mulher...
Um comentário:
Triste figura a da deputada Rafaela Fernandes (PSD/M) ao afirmar:
"A função das mulheres é precisamente a procriação"
E achando pouco afirmou que
as mulheres da Madeira sempre souberam se desenrrascar, nunca precisaram da lei do aborto...quando precisavam sabia onde ir e o que fazer.
Viva a clandestinidade, as más condições e os que beneficiam monetáriamente com a situação.
Os nossos antepassados nunca precisaram da Democracia, da Liberdade, de Reformas de velhice, de um Governo Regional próprio, de uma Assembleia Regional, etc...sempre souberam se desenrrascar!!!!!!!
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