quarta-feira, 28 de novembro de 2007

O Jaime vem hoje?

José Freitas disse... in http://apontamentossemnome.blogspot.com/

Num ambiente de maioria absoluta com a "qualidade" a que nos habituámos a ver, a democracia representativa dos madeirenses e portossantenses deixa muito a desejar. Habituámo-nos a ver as mesmas caras, os mesmos discursos, a mesma rotina. Tudo gira em torno de uma liderança personalizada, num pessoalismo exacerbado e explorado até ao irracional. Coisas pequenas de ambientes pequenos e horizontes pequenos. Contudo fomos assistindo ao longo dos anos, a uma introdução de vilezas que passaram a ser comuns e protagonizadas por Jaime Ramos. Certamente o senhor não terá culpa das suas limitações de imagem, de oralidade e destreza mental. Não duvido que umas sessões de Terapia-da-Fala ser-lhe-iam muito úteis, quanto a matéria de educação e ética...Bem. Chá toma quem pode.Este deputado exímio na má-educação, representa mal os seus votantes, não dignifica o parlamento regional e envergonha a representatividade democrática da Madeira ou de qualquer parlamento digno desse nome. Neste âmbito creio que ele é mesmo a principal vítima de si próprio. Talvez por falta de espelho não veja a sua figurinha ridícula quando está revolto na sua primitividade.O quadro não é só esse. Tal como outros meretíssimos representantes do povo, este senhor criou uma super-estrutura que açambarca o tecido económico regional. Tudo muito bem validado no quadro democrático e regimental, que não filtra quaisquer incompatibilidades.O destacado quadro da máquina do PSD-Madeira tentaculariza o seu partido, o seu líder e grande parte do tecido económico regional que se relaciona nos negócios com as entidades públicas. Aliás o ciclo de forte investimento público e de infrestruturação que a Região tem conhecido nos últimos anos, é proporcional ao enriquecimento meteórico do Sr. Ramos. Veja-se as teias de clientelismo que este senhor detinha na Câmara do Funchal através do seu cunhado, o ex-vereador Marote com o beneplácito do chamuscado delfim Albuquerque. Este "Jaiminho" caricaturado pelo ex-líder do PS, Jacinto Serrão criou um "Petit-Salazar" (caricaturado por Jardim) e levou-o para dentro do hemiciclo madeirense. Esse petiz de político logo se mostrou atrevidote perante os ditames jardinistas e granjeou para si todo o protagonismo em sede da sua "Jota" laranja. Perpetuou-se agarrado como a lapa das Desertas com vento de sudoeste, na estrutura juvenil até à proveta idade de 30 anos!As cobras "bem-criadas" mantêm-se mesmo fiéis à sua hereditariedade.O Sr. Sílvio menos ressabiado e com menos "sanitas" na sua suma curricular permitiu-se ao simples e inóquo desrespeito de não ofender tanto ninguém...Mas tão somente (como o Mestre Ramos), aprovar os seus próprios projectos. Hoje já não precisa do parlamento. Excedeu os seus compromissos com o seu eleitorado. Nada de mal. A gula pode muito bem vir a ser uma daquelas doenças a serem comparticipadas no tratamento. Uma espécie de "desobriga religiosa". Ou em linguagem parlamentar com prefixos in uma inimputabilidade ou uma imunidade. São por demais conhecidas as "brejeiradas" do Sr. Ramos aos demais parlamentares da oposição. São aquelas bocas caústicas, tão ásperas como as suas entranhas, que o homem tão bem sabe vocalizar com mestria. A capa da imunidade permite estas brejeiradas. Depois fica quieto e mudo. Começa a piscar os olhos e a maioria dos seus músculos faciais. É o tique próprio de quem só sabe dispar à distância.O grupo parlamentar do PSD-Madeira perante o seu líder parlamentar, não passa de um conjunto de peões acéfalos. São meros serventes sem estímulo. Este chefe dos empreiteiros dos Mercedes e do lobby do betão não passa de mais um produto da argamassa da obra jardinista...Um paredão em bruto sem jeito e sem reboco.

27 de Novembro de 2007 19:55

5 comentários:

Anônimo disse...

Brilhante definição desse 'senhor'. É um verdadeiro polvo madeirense, com os tentáculos a estenderem-se por tudo o que é negócio. E o aparentemente sonso do filho já vai pelo mesmo caminho do pai.
Mas, como em quase tudo nesta terra, amanhã já ninguém se lembra...

Anônimo disse...

Esse é o espelho daquilo que eu venho dizendo há uns anos... Na Madeira compensa ser burro, pois são os que vivem melhor nesta ilha... lol

Anônimo disse...

Alguém me pode dar o contacto do Sr. José de Freitas? Gostaria de parabeniza-lo pelo eloquente, inspirado e mordaz retrato do "traste" e do filho do "traste"!... Que tratantes tão bem retratados! Muito bem escrito!!
Vico D`Aubignac

Anônimo disse...

É um texto interessante, lol... Será que os visados já o leram? hehehee

Anônimo disse...

Transcrito do PRAVDA-ILHÉU:

Sobre Alberto João Jardim, diz Baptista Bastos:

Alberto João Jardim não é inimputável, não é um jumento que zurra desabrido, não é um matóide inculpável, um oligofrénico, uma asneira em forma de humanóide, um erro hilariante da natureza.
Alberto João Jardim é um infame sem remissão, e o poder absoluto de que dispõe faz com que proceda como um canalha, a merecer adequado correctivo.
Em tempos, já assim alguém o fez. Recordemos. Nos finais da década de 70, invectivando contra o Conselho da Revolução, Jardim proclamou: «Os militares já não são o que eram. Os militares efeminaram-se». O comandante do Regimento de Infantaria da Madeira, coronel Lacerda, envergou a farda número um, e pediu audiência ao presidente da Região Autónoma da Madeira. Logo-assim, Lacerda aproximou-se dele e pespegou-lhe um par de estalos na cara. Lamuriou-se, o homenzinho, ao Conselho da Revolução. Vasco Lourenço mandou arrecadar a queixa com um seco: «Arquive-se na casa de banho».
A objurgatória contra chineses e indianos corresponde aos parâmetros ideológicos dos fascistas. E um fascista acondiciona o estofo de um canalha. Não há que sair das definições. Perante os factos, as tímidas rebatidas ao que ele disse pertencem aos domínios das amenidades. Jardim tem insultado Presidentes da República, primeiros-ministros, representantes da República na ilha, ministros e outros altos dignitários da nação. Ninguém lhe aplica o Código Penal e os processos decorrentes de, amiúde, ele tripudiar sobre a Constituição. Os barões do PSD babam-se, os do PS balbuciam frivolidades, os do CDS estremecem, o PCP não utiliza os meios legais, disponentes em assuntos deste jaez e estilo. Desculpam-no com a frioleira de que não está sóbrio. Nunca está sóbrio?
O espantoso de isto tudo é que muitos daqueles pelo Jardim periodicamente insultados, injuriados e caluniados apertam-lhe a mão, por exemplo, nas reuniões do Conselho de Estado. Temem-no, esta é a verdade. De contrário, o que ele tem dito, feito e cometido não ficaria sem a punição que a natureza sórdida dos factos exige. Velada ou declaradamente, costuma ameaçar com a secessão da ilha. Vicente Jorge Silva já o escreveu: que se faça um referendo, ver-se-á quem perde.
A vergonha que nos atinge não o envolve porque o homenzinho é o que é: um despudorado, um sem-vergonha da pior espécie. A cobardia do silêncio cúmplice atingiu níveis inimagináveis. Não pertenço a esse grupo.


Jornal de Negócios de 30 de Julho de 2007