Carrancho in http://www.caldeiraodebolsa.com
15/6/2007 10:12
Pois eu acho que ainda vais ficar a gostar menos do Benfica...
15/6/2007 10:12
Pois eu acho que ainda vais ficar a gostar menos do Benfica...
Não terá exito tal opa, mais que não seja porque simplesmente os muitos sócios/accionistas não lhas vão vender nem a este preço nem a qualquer outro. Segundo, creio que ele tem a consciencia perfeita de que é uma opa condenada à partida e até duvido que seja essa a real intenção. Terceiro, alem de especulador profissional o Berardo está também muito interessado no protagonismo. Mais que dinheiro, ele está numa fase da sua vida que quer é ser famoso e conhecido, depois de BCP nada melhor que o Benfica, se no meio económico já era conhecido agora fica conhecido por todos os Portugueses defenitivamente. A sua colecção de pintura já teve muito desse interessa mediatico envolvido, mas logo percebeu que a cultura não tem o efeito mediático que pretendia (ao contrário do benfica). Também não sei se será intensão dele vender aquilo que estava condenado a continuar a descer. Era importante perceber que posição ele detinha na SAD e se pode vender essa posição depois de lançar uma OPA (não sei se isto é permitido). Concluindo, para mim ele procura é protagonismo e não se importa de perder uns trocos por isso. Por isto digo JAbreu, cuidado que ainda vais perder e ficar a gostar ainda menos dos "carroceiros".
Abraço,
Carrancho
PS- eu até sou dos que gosta do Berardo, faz mexer isto e mais alguns como ele na nossa bolsa tornava-a bem mais interessante.
3 comentários:
Parece que não lhe chega o dinheiro também quer fama. Se for o caso vai ter que investir na sua imagem ou emigrar para um país de língua inglesa pois português é coisa que ele não sabe falar!
Eu pessoalmente não consigo perceber o que ele pretende!
Tem cinco mil e tal acções o que não é nada pelo que não vejo que a jogada seja valorizá-las. O comportamento não é típico de alguêm que queira efectivamente fazer uma OPA e o mercado também portou-se de forma anóma-la pois a cotação chegou na Sexta aos 4,15 quando a sua oferta era de 3,50. Entretanto, parece-me que a CMVM ficou confusa com as declarações do Berardo pois estas eram contraditórias e até ilegais. Sinceramente, tenho que concordar, parece sede de protagonismo!
Eu fico sempre desconfiado quando ouço gente empreendedora que diz ter emigrado e feito fortuna à custa de muito trabalho. Este (o trabalho) é mesmo o factor que mais contribui para a minha desconfiança porque o facto de alguns iluminados conseguirem, através de muito trabalho, construir fortunas fabulosas e a maioria das pessoas, supostamente tão inteligentes como eles, o não conseguirem, deixa-me a liberdade de pensar que se foi à custa de muito trabalho foi, provavelmente, à custa do trabalho alheio. Outra coisa que também não deixa de me intrigar, é a enorme "queda" para o mecenato revelada por estes grandes génios do cifrão que, mal aterram no aeroporto, já trazem toda a documentação necessária à criação de uma fundação e um grande cheque assinado destinado a patrocinar as merdas que se fazem para a meia dúzia de "gatos-pingados" frequentadores assíduos do CCB (mais um elefante branco, este do tempo do Cavaco).
Ora eu também tenho reparado que essa gente empreendedora e de horizontes alargados, que fez fortuna lá fora enquanto o país definhava, sempre manifestou uma certa predilecção por países como a África do Sul e Venezuela (e nas colónias, quando as havia), onde a mão de obra escrava e a falta de legislação laboral que defendesse os direitos dos trabalhadores, favorecia todo o tipo de atropelos e o enriquecimento fácil de pessoas sem escrúpulos. Se num país civilizado se ganhasse, com mercearias de bairro ou padarias de esquina, fortunas capazes de lançar OPAS milionárias, não era necessário ir para o estrangeiro.
Portanto das duas, uma: ou estes mecenas de meia tigela regressam a Portugal por saberem que a coberto de fundações, obras mecenáticas e de subornos aos políticos conseguem negócios da China sem pagar "puto" de impostos, ou então encontram nos vapores etílicos do ministro Manuelzinho e nas actuais leis laborais, um incentivo à exploração dos novos escravos portugueses. Até porque se fosse para ajudar a desenvolver o país, deviam ter vindo com vinte e cinco anos, porque este país é uma merda mas não é nenhum albergue para velhos.
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