quinta-feira, 28 de junho de 2007

Independência: uma aventura?!





No Diário do dia 17 do corrente, as opiniões em defesa de uma hipotética independência da Madeira foram fartas, tais como são as declarações da camarilha lá para os lados dos areais do Porto Santo. Houve quem invocasse que Portugal terá que pagar por ter um arquipélago, e que afinal, nós, os madeirenses, nada temos que suportar pela Pátria Comum. Feitas as contas, segundo os doutos do areal, e a acreditar no panfleto partidário “ …A República, o que paga na Madeira é as Forças Armadas, os Tribunais e o representante da República. Mais nada”. Nos delírios da caldeirada colectiva, parece ser que uma independência do Rochedo no meio do Atlântico plantado, daria a oportunidade de perpetuar o governo dos instalados, com a vantagem de poderem exilar, ou encarcerar depois, todos os que viessem a pedir explicações pelos desmandos destes últimos 30 anos. Já com a Republica presente, faz-se sentir a exclusão dos que possam pensar diferente, mesmo sem partidarismos, imaginem com a cama rilha no poder, sem controlo nem supervisão democrática, como não iria ser. Sem querer desmerecer seja quem for, incluso o Fidel das Caraíbas, o método da Madeira tem muito em paralelo com aquela Ilha, embora as barbas do outro nada tenham a ver com a pança deste. Ambos são demagogos, falam pelos cotovelos, encontram sempre os inimigos externos, e anulam, exilam, e silenciam os internos. A metodologia é análogo, cada um com os seus métodos peculiares, mas cujos resultados são idênticos.
Estes aventureiros de meia tigela e palavras mansas, com largo cadastro, que nadaram nos dinheiros alheios durante trinta anos, nada produzindo e tudo esbanjando, dão-se ao “ luxo” de por em causa todo um Povo e uma Pátria Comum, só porque se acostumaram a vociferar, insultar, ser malcriado, déspota, roncando na gamela comum, depois de crescerem como leitões amamentados na porca imunda, julgando-se senhores e proprietários destas Ilhas. Desrespeitam Leis e Tribunais, espiam e difamam os agentes legítimos do Estado Português, engordaram clubes e património eclesial, contrataram escribas diários em folhas partidárias, pagas com o erário publico para papaguearem as mesmíssimas coisas até à náusea, numa tentativa de lavagem de celebro colectivo. Pouco faltará para se ver os grandes cartazes com o “ Líder” da independência do Arquipélago, e a primeira pedra para construção da penitenciária central nas desertas, ou no norte do Porto santo. Desta situação não estão isentos de culpas, a chamada oposição que nunca viu mais para lá das viseiras que as levam a trilhar caminhos e modelos do passado, e os sucessivos Governos da Republica que toleram o palavreado, as acções, e até omissões, destas figuras de opereta que se crêem acima de tudo e todos, e olham esbugalhados para as tetas da Europa para continuarem a alimentar a ilusão de vadios e mandões, sem terem que trabalhar pelo seu próprio sustento. Aqui fica o aviso : impressionais os vilões nos adros da Igreja quando necessitais dos votos para legitimar os abusos, mas nunca silenciareis todos aqueles que usam pensar por si mesmos, e não se sentem prisioneiros da vossa brevagem, nem das vossos clubes de mamões do erário publico. Esses, na hora devida, serão a vossa Oposição, na via pública, nos tribunais e na opinião internacional.

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